A água é um recurso fundamental para a indústria farmacêutica. Ela é utilizada como matéria-prima, solvente, meio de reação, limpeza e esterilização. Por isso, o tratamento adequado da água é essencial para garantir a qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos.
Nos últimos anos, foram desenvolvidas muitas inovações tecnológicas no tratamento de água para atender às demandas específicas da indústria farmacêutica. Essas inovações buscam fornecer água purificada que atenda aos padrões farmacopeicos, sejam energeticamente eficientes e tenham custo reduzido.
Neste post, apresentaremos algumas das principais inovações em tratamento de água para aplicações farmacêuticas.
Novas tecnologias de membranas
As membranas são amplamente utilizadas na purificação de água para a indústria farmacêutica. As membranas removem contaminantes através da filtração em escala molecular.
Novos materiais como poliamidas aromáticas e membranas de grafeno têm sido desenvolvidos. Essas novas membranas possuem maior resistência química, térmica e mecânica, além de removerem mais eficientemente contaminantes orgânicos e inorgânicos.
Tecnologias de membrana como osmose reversa, nanofiltração, ultrafiltração e microfiltração têm sido aprimoradas para atender aplicações farmacêuticas específicas. Sistemas de membrana de baixa e ultrabaixa pressão reduzem o consumo de energia.
Tecnologias avançadas de resinas de troca iônica
As resinas de troca iônica removem íons indesejados como sódio, cálcio, magnésio, cloreto e sulfato. Novas resinas condutoras de íons foram desenvolvidas para ter maior capacidade de remoção de íons, maior vida útil e menor lixiviação.
Resinas bifuncionais removem simultaneamente cátions e ânions. Resinas quelantes específicas removem metais como cobre, níquel, cromo e ferro. Essas inovações em resinas aumentam a qualidade da água produzida.
Sistemas de leito misto combinam diferentes resinas para remover diversos contaminantes em um único passo. Isso reduz os custos de tratamento.
Oxidação avançada
Processos oxidativos avançados como UV/H2O2, UV/O3, fotocatálise e ultrassom são muito eficazes para oxidar compostos orgânicos. Eles podem degradar contaminantes recalcitrantes como produtos farmacêuticos residuais.
Reatores fotocatalíticos com TiO2 imobilizado melhoram a eficiência dos processos UV/H2O2 e UV/O3. O ozônio microborbulhado aumenta a transferência de massa e a eficiência da ozonização.
Essas tecnologias oxidativas removem compostos orgânicos pouco biodegradáveis, como produtos farmacêuticos, desreguladores endócrinos e subprodutos de desinfecção.
Filtração por carvão ativado
O carvão ativado tem uma alta capacidade de adsorção de compostos orgânicos, inclusive fármacos residuais. Novos carvões ativados impregnados com nanopartículas metálicas aumentam a adsorção de microcontaminantes.
Filtros de carvão ativado em múltiplos estágios ou camadas removem eficientemente contaminantes a níveis de ppb. A reativação térmica permite a regeneração do carvão exaurido.
Conclusão
A indústria farmacêutica necessita de água altamente pura para garantir a qualidade de seus produtos. As inovações em tratamento de água possibilitam a remoção eficiente de contaminantes inorgânicos, orgânicos, particulados e microbiológicos.
As novas tecnologias de membranas, resinas de troca iônica, oxidação avançada e adsorção com carvão ativado atendem aos rigorosos padrões farmacopeicos. Além disso, elas reduzem custos e o consumo de energia.
O tratamento de água para fins farmacêuticos continuará evoluindo para prover soluções customizadas e sustentáveis. A água de alta pureza é fundamental para a qualidade e desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos.
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